gatenhu

gatenhu
tem tudo akie

sábado, 16 de abril de 2011

Entrevista de MJ à Ebony em Fevereiro de 2008,5ª Parte. Estamos indo para o final,espero não tê-los cansado.  

Ebony: Então, o processo criativo, você o delibera ou ele simplesmente acontece?

MJ.: Não, fui bastante
deliberado. Até por tudo que vem junto de alguma forma, conscientemente,
se cria no universo, mas, uma vez a química adequada dentro na sala, a
mágica acontece. Tem que fazê-lo. É como por certos elementos em um
extremo e isso produz magia em outro. É ciência. E chegando lá com as
melhores pessoas, é simplesmente maravilhoso. 


Quincy me chamava de 'Smelly'
(Cheiroso). Smelly vinha de – e Spielberg também me chamava assim. Então
especialmente – Agora digo algumas palavras de juras – mas
especialmente então, não dizia nenhuma palavra. Assim que dizia, 'Esta é
uma canção 'cheirosa''. Isso significava, 'é genial'. Portanto me
chamavam de 'Smelly'.


Mas se, trabalhar com Quincy
era algo maravilhoso. Ele te deixava experimentar, fazer suas coisas, e
era tão gênio que ficava fora do caminho da música, e se houvesse algum
elemento para adicionar, ele o adicionava. E escutava esses pequenos
detalhes. Como, por exemplo, em 'Billie Jean', eu tive de conseguir o
som do baixo, e a melodia e toda a composição, Mas, escutando-o, ele
acrescentou outra frase musical muito bonita...


Trabalhamos em uma canção e
logo nos juntávamos em sua casa, colocávamos o que tínhamos trabalhado, e
ele dizia 'Smelly deixa que ela fale'. Eu lhe dizia 'Ok'. Respondia-me,
'Se a canção necessita de algo, ela te dirá'. Aprendi a fazê-lo. A
chave para ser um compositor maravilhoso não é compor. É só você sair do
caminho. Deixar o lugar para que Deus entre na sala. E quando escrevo
algo que sei que é bom, ajoelho-me e dou graças. Obrigado Jeová!


Ebony: Qual foi a última vez que você teve esse sentimento?

MJ.: Bom, recentemente. Sempre
estou compondo. Quando você sabe que é bom, às vezes sente algo que está
se aproximando, uma gestação que é quase como uma gravidez ou algo do
tipo. Você se emociona, e começa a sentir que algo está em gestação e,
magia, aí está! É uma explosão de algo que é tão bonita, você diz Wow!
Aí está. Assim é como flui. É algo bonito. É um universo do qual se pode
entrar, com essas 12 notas... O que faço quando estou compondo é uma
versão avulsa, desnuda, só para ouvir os coros, só para ver o quanto
gosto deles. Se eu gosto desta versão primitiva, então sei que
funcionará... Ouvi-lo, isso é em casa. Janet, Randy, e eu... Janet e eu
fazemos: 'Whoo, whoo... whoo, whoo...', é o que faço, o mesmo processo
para cada canção. É a melodia, a melodia é o mais importante. Se ela
entra em mim, se eu gostar, então vou para o passo seguinte. Se soar bem
em minha cabeça, logo soará melhor quando eu acabar. A idéia é
transcrever o que está em sua mente a uma fita. Se você pegar uma música
como 'Billie Jean', onde a linha de baixo é a parte proeminente e
dominante, o protagonista da canção, é a frase principal que você escuta
e conseguir o caráter desta frase, fazer com ela seja o que quiser, é
algo que leva muito tempo. Escute, você está ouvindo quatro baixos,
fazendo quatro personalidades diferentes, e isso lhe dá personalidade.
Mas requer muito trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário